sábado, 30 de junho de 2012

Sites Indígenas

Segue o link para vários sites voltados ou destinados ao e a respeito dos povos indígenas


http://pib.socioambiental.org/pt/c/iniciativas-indigenas/autoria-indigena/sites-indigenas#1




Índios Kuikuro preservam tradições com o uso da tecnologia



Créditos Youtube/Ig

INDIOS ON LINE







A matéria fala sobre um projeto de inclusão digital na tribo indígena Pankararu, localizada no interior de Pernambuco. Através da internet, os índios criaram uma rede chamada "índios On line" e nela eles postam textos, fotos e vídeos sobre os acontecimentos da aldeia. A combinação de índio e tecnologia pode parecer estranha, mas a internet se transformou em um recurso que preserva, registra e divulga a identidade cultural do povo Pankararu.




Créditos Youtube/Flária Ferros

Índios usam a internet contra crime ambientais



Créditos Foto Google/Picasa

Cerca de 400 mil índios, ribeirinhos, quilombolas e pessoas que vivem em áreas de proteção ambiental vão poder denunciar pela internet invasões e crimes contra a natureza. Eles moram no entorno ou em uma das 150 comunidades tradicionais brasileiras que ficam em regiões afastadas e que receberão neste ano sinais de satélite para o acesso à rede de computadores.A iniciativa faz parte de um programa de inclusão digital que busca beneficiar regiões de baixo IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, umaadaptação do IDH aos indicadores regionais, desenvolvido pelo PNUD e parceiros).

O Gesac (Programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão), do Ministério das Comunicações, leva desde 2003, para comunidades pobres,antenas e provedores de acesso à internet, além de uma plataforma com serviços públicos — que permite tirar RG, acessar dados da Previdência Social e contatar a Polícia Federal e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), entre outras utilidades.

“Esperamos que essas regiões se tornem espaços vivos de educação ambiental e de transformação. Queremos que eles estejam vinculados com o poder público. Para isso, eles precisam ter mais informações e formas de denunciar. É muito favorável que eles estejam engajados, com mais informações e condições de poder sobre a gestão”, diz o técnico da Diretoria de EducaçãoAmbiental do Ministério do Meio Ambiente, Francisco de Assis Morais. O projeto, segundo ele, é uma demanda da Rede Povos da Floresta, uma organização derivada da Aliança dos Povos da Floresta — que foi criada nos anos 80 por Chico Mendes e outros seringueiros e lideranças indígenas, com o objetivo de fortalecer as ações em prol do meio ambiente e dos povos tradicionais.

Desde 2003, a Rede investe em ações que buscam levar internet a índios, quilombolas, ribeirinhos e populações extrativistas. Ela entrou em contato com o governo federal em 2005 para ampliar o número de povos com acesso ao mundo virtual. “Em 2003, houve uma crise com os ashaninka, [tribo indígena] que vivem na fronteira com o Peru. Madeireiros peruanos invadiram suas terras. Por meio de e-mails enviados pelos índios para a Polícia Federal, IBAMA, Ministério do Meio Ambiente e FUNAI [Fundação Nacional do Índio], foi possível fazer um acordo e resolver a questão. Eles perceberam a importância dainternet”, conta Morais.

Com a ajuda da ONG, aponta o técnico do Ministério do Meio Ambiente, foi feito um levantamento para identificar as comunidades que poderiam ser beneficiadas. “Cadastramos inicialmente 113 comunidades. Agora chegamos a130. Não é muito fácil fazer o levantamento, mas essa é a primeira vez no Brasil que se cadastrou um número tão grande de comunidades [tradicionais] para inclusão digital”, diz. De acordo com ele, a meta é contemplar 150 grupos.


A polêmica inclusão digital do “indígena” e sua consequente perda de identidade.



Comentar sobre povos indígenas, num primeiro momento, nos remete à idéia de preservação desses grupos que durante séculos foram dizimados e roubados. Mas, com a invasão à cultura dos índios e a ligação dos mesmos a uma vida agitada, movida pela cobrança de mais conhecimentos e preparo para enfrentar o mercado, hoje é difícil localizá-lo como um grupo que ainda mantém seus costumes e tradições.



Trata-se de um assunto dos mais polêmicos a inclusão da informática nas aldeias sempre causa polêmica, pois ainda existem os que preservam a cultura tradicional do índio com unhas e dentes, imagine o significa para estes instalar um computador conectado a uma rede global, numa aldeia. Mas o qual é o conceito de “índio legitimo de aldeia” e “indio não legitimo de aldeia”. Há que se separar tais conceitos e a partir daí planejar a inclusão digital ou não. O “indio” que usa shorts, havainas e camisa do corinthians talves esteja mais propenso a realidade digital, uma vez que vivem como qualquer outra pessoa, com direitos e deveres, sendo entendido aqui que talvez seja para eles uma necessidade possuir um computador no mundo capitalista em que começam a figurar como sujeitos da história, uma vez que suas verdadeiras raízes se enfraqueceram e, hoje em dia, não há mais todo o referencial dos antepassados.



Os índios não legitimos ou se preferirem pretensos cidadãos brasileiros não devem estar for a do contexto dos conhecimentos e das culturas que lhes permitam melhorar suas condições de vida, em acordo com padrões culturais e formas de organização social que eles não pretendem abandonar. Já para os indios de raiz com suas tangas e pés descalsos que nunca ouviram nada sobre chinelos, corinthians e modelos de bermudas, essa invasão da cultura externa tende a um resultado negativo de perda de identidade, pois, imagine o índio “puro” em sua essência que ainda não teve um contato prolongado com os “brancos”, mas vive isolado nas matas, e, de repente, vê sua aldeia ser invadida por uma máquina moderna capaz de mostrar o mundo lá fora e poder divulgar a vida daquele grupo.

Será que isso ajudaria realmente na preservação ou na modificação da cultura desse povo?



Mas, até que ponto isso é realmente uma forma de inclusão digital? Será mesmo necessário levar mais um elemento invasor a estes povos e trasnformar suas vidas? Não nos esquecamos de que forma são passadas aos indigenas sua cultura passada, seus costumes, tradições sua hierarquia e organização de mestres, chefes e pajés. A cultura indigena e os comportamentes ensinados pela mesma são passados, em muitos casos, oralmente, e por modos e comportamentos ensinados e usados por todos. É o caso de grupos que ainda mantêm seus rituais em momentos tristes e alegres da tribo. E que se sentem violentados com costumes impostos como o dever de saber ler, escrever e viver dos “brancos”.



Portanto, o bom senso de liberdade insinua que deve ser dada a faculdade aos índios de se posicionarem e legitimarem tal escolha, ou seja, a Internet somente deve ser dada se estes provavelmente “índios não puros” que realmente quiserem, pois no mundo virtual a realidade mistura todos e acaba mexendo na identidade de seus navegantes.



Créditos Das Imagens Google/Picasa